18 de julho de 2011

O grito dos “incluídos”



















"Foi bom, o tanto que aqui fiquei
Nessa casa fui bem recebido
De carinho ficando abastecido
Registrando, me calei e comentei
De muitos ditos me espelhei
Bebendo do que tinha doçura
Pra não viver em conjectura
Mas agora, perco a diplomacia
Peço minha carta de alforria
Pois não sou cúmplice da censura

A força do meu grito acentua
A minha luz, cega qualquer ouvido
E me tornando mais um excluído
Aí é que a plenitude atua
Sem temer dono de falcatrua
Estúpido, medroso e bestalhão
Por isso peço minha exclusão
Com poesia não se faz dieta
E nem nunca se viu calar poeta
Me 'inclua' agora na minha razão!"


Rennan Mendes
Domingo, 10 de julho e 2011
Juazeiro - Bahia - Brasil


(Imagem: google)