30 de setembro de 2008

A Lua do meio dia no sertão

Não me falta a terra
não me falta o lar
aqui tenho esperança
eu tenho “sim sinhô”

Não me falta o pão
não falta trabalho
nem sabedoria
começa um novo dia

E as tecnologias não me vencem
nem mesmo as mais avançadas
e os meus lábios falam sem cessar
o sol que fere o chão
é o que branqueia o meu pesar
Encontro a fertilidade
e nada me faltará
água e terra para plantar
colher e tá na mesa

A beleza das flores, das noites de lua
aurora, crepúsculo
todas as cores e tudo que é vida
meu clarão é o sol.


Cláudio Barris, Rennan Mendes e Gildemar Sena